A voz do coração
Dentro de nós existem todas as respostas.
Quem não iria querer ouvi-las? Ao nosso redor, sempre há histórias de pessoas que se libertaram das correntes da prisão da vida comum, dos caminhos trilhados por tanta gente, das conclusões óbvias e cansadas. Falamos com admiração das pessoas que nadaram contra a corrente e venceram, daqueles que tiveram coragem, dos que conseguiram ver o que ninguém mais podia enxergar. Eles se tornam nossos líderes, nossos ídolos. Nem todos são famosos: às vezes se trata apenas daquela vizinha que, com mudanças corajosas na própria vida, conseguiu transformar a si mesma e ser muito feliz.
A verdade é que todos queremos ouvir as respostas. Onde está o manual da vida? O que devo fazer de mim? Qual o segredo, qual o caminho?
Segundo a sabedoria indiana, o ser humano é uma essência pura e divina que fica, temporariamente, dentro deste corpo físico. Fazemos isto para interagir com a matéria, para crescer e aprender. A infinita sabedoria da alma se restringe dentro de um finito corpo: isto somos nós.
A luz e o conhecimento dessa alma, que é chamada de anandamaya kosha nos livros da Índia, continuam ativos, plenos e acessíveis. Mas a alma é sutil, diáfana e leve, muito além da barulheira e do caos da vida moderna. Ela se comunica com paciência, e fala suavemente.
Dela é a voz que vem do coração.
A essência de quem nós somos se expressa através do anahata chakra, um centro de energia que temos no peito. É dali que surge a intuição, a sabedoria sincera, o conhecimento superior. A voz do coração é uma metáfora para aquilo que vem deste chakra: os sussurros da alma, de onde vêm todas as respostas que precisamos saber, para crescer e trilhar o caminho. A sua alma sabe os motivos de você estar aqui.
E como fazemos para ouvir a voz do coração? A alma é muito bem educada: fala baixinho. É no silêncio que recebemos aquilo que ela nos traz, naqueles momentos em que nos recolhemos, seja por um minuto ou dias. O silêncio importante é o da mente, não o dos ouvidos. Enquanto estamos afogados em pensamentos sucessivos e inúteis, a voz da alma continua lá, sutil e constante, infinitamente paciente, sem nunca ser ouvida.
A alma é a verdade interna. Quanto mais nos prendemos a fatos e objetos externos, quanto mais nos acorrentamos a posses e ideias do mundo externo, menor é a nossa conexão com a voz interior.
É quando deixamos a vida fluir, quando aceitamos que o movimento é essencial e benigno, que podemos encontrar aquilo que nos levará à jornada mais verdadeira, o caminho real, para atingirmos o nosso potencial. Estagnação é o oposto de crescer, e para crescer é preciso sempre aceitar ir.
A intuição, que se apresenta na voz do coração, tem características bem definidas. Para identificá-las, é preciso estar atento. A intuição vem sutil, sem drama nem insistência. Ela não fica se repetindo na nossa mente, como faz o medo. Ela vem — clara, límpida — e com ela uma força, o impulso da sua energia.
Sua clareza é tão nítida que a voz do coração parece ser fria, sem emoção. A resposta é apenas revelada, livre de julgamento, como um relâmpago: é isso, e simplesmente isso. Às vezes a emoção chega depois, mas a intuição em si é pura, pois vem de um nível maior de nós mesmos. Ela não comanda, ela não castiga: ela é.
Seguir a voz interior é a resposta para uma vida feliz, de brilho nos olhos, de satisfação no coração. Porque muito da nossa tristeza nasce de não ouvirmos a voz da alma, de estarmos onde não precisaríamos mais estar, de não seguirmos aquilo que nós fomos, desde sempre, criados para fazer.
Quando você estiver se treinando para ouvir a voz do seu coração, deixe que ela o leve mesmo nas pequenas coisas. Ao escolher um jantar, uma roupa, ou a pessoa para quem você irá ligar.
Aprenda a segui-la nos detalhes, até afinar a sua percepção e ter certeza quando algo veio mesmo do coração — ou foi de outra parte sua. Quando ouvir algo surpreendente, seja cuidadoso e aguarde. Observe e peça confirmações antes de mudanças grandes. E elas virão — em uma conversa, em um passarinho que pousa, em um fato surpreendente, as confirmações virão. Para que você aprenda a ler o livro da sua vida, explicado pela sua alma, sussurrado no seu peito.
Alegria é o estado natural da alma, e a recompensa de quem, cheio de coragem, segue a voz do coração.
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Quem não iria querer ouvi-las? Ao nosso redor, sempre há histórias de pessoas que se libertaram das correntes da prisão da vida comum, dos caminhos trilhados por tanta gente, das conclusões óbvias e cansadas. Falamos com admiração das pessoas que nadaram contra a corrente e venceram, daqueles que tiveram coragem, dos que conseguiram ver o que ninguém mais podia enxergar. Eles se tornam nossos líderes, nossos ídolos. Nem todos são famosos: às vezes se trata apenas daquela vizinha que, com mudanças corajosas na própria vida, conseguiu transformar a si mesma e ser muito feliz.
A verdade é que todos queremos ouvir as respostas. Onde está o manual da vida? O que devo fazer de mim? Qual o segredo, qual o caminho?
Segundo a sabedoria indiana, o ser humano é uma essência pura e divina que fica, temporariamente, dentro deste corpo físico. Fazemos isto para interagir com a matéria, para crescer e aprender. A infinita sabedoria da alma se restringe dentro de um finito corpo: isto somos nós.
A luz e o conhecimento dessa alma, que é chamada de anandamaya kosha nos livros da Índia, continuam ativos, plenos e acessíveis. Mas a alma é sutil, diáfana e leve, muito além da barulheira e do caos da vida moderna. Ela se comunica com paciência, e fala suavemente.
Dela é a voz que vem do coração.
A essência de quem nós somos se expressa através do anahata chakra, um centro de energia que temos no peito. É dali que surge a intuição, a sabedoria sincera, o conhecimento superior. A voz do coração é uma metáfora para aquilo que vem deste chakra: os sussurros da alma, de onde vêm todas as respostas que precisamos saber, para crescer e trilhar o caminho. A sua alma sabe os motivos de você estar aqui.
E como fazemos para ouvir a voz do coração? A alma é muito bem educada: fala baixinho. É no silêncio que recebemos aquilo que ela nos traz, naqueles momentos em que nos recolhemos, seja por um minuto ou dias. O silêncio importante é o da mente, não o dos ouvidos. Enquanto estamos afogados em pensamentos sucessivos e inúteis, a voz da alma continua lá, sutil e constante, infinitamente paciente, sem nunca ser ouvida.
A alma é a verdade interna. Quanto mais nos prendemos a fatos e objetos externos, quanto mais nos acorrentamos a posses e ideias do mundo externo, menor é a nossa conexão com a voz interior.
É quando deixamos a vida fluir, quando aceitamos que o movimento é essencial e benigno, que podemos encontrar aquilo que nos levará à jornada mais verdadeira, o caminho real, para atingirmos o nosso potencial. Estagnação é o oposto de crescer, e para crescer é preciso sempre aceitar ir.
A intuição, que se apresenta na voz do coração, tem características bem definidas. Para identificá-las, é preciso estar atento. A intuição vem sutil, sem drama nem insistência. Ela não fica se repetindo na nossa mente, como faz o medo. Ela vem — clara, límpida — e com ela uma força, o impulso da sua energia.
Sua clareza é tão nítida que a voz do coração parece ser fria, sem emoção. A resposta é apenas revelada, livre de julgamento, como um relâmpago: é isso, e simplesmente isso. Às vezes a emoção chega depois, mas a intuição em si é pura, pois vem de um nível maior de nós mesmos. Ela não comanda, ela não castiga: ela é.
Seguir a voz interior é a resposta para uma vida feliz, de brilho nos olhos, de satisfação no coração. Porque muito da nossa tristeza nasce de não ouvirmos a voz da alma, de estarmos onde não precisaríamos mais estar, de não seguirmos aquilo que nós fomos, desde sempre, criados para fazer.
Quando você estiver se treinando para ouvir a voz do seu coração, deixe que ela o leve mesmo nas pequenas coisas. Ao escolher um jantar, uma roupa, ou a pessoa para quem você irá ligar.
Aprenda a segui-la nos detalhes, até afinar a sua percepção e ter certeza quando algo veio mesmo do coração — ou foi de outra parte sua. Quando ouvir algo surpreendente, seja cuidadoso e aguarde. Observe e peça confirmações antes de mudanças grandes. E elas virão — em uma conversa, em um passarinho que pousa, em um fato surpreendente, as confirmações virão. Para que você aprenda a ler o livro da sua vida, explicado pela sua alma, sussurrado no seu peito.
Alegria é o estado natural da alma, e a recompensa de quem, cheio de coragem, segue a voz do coração.
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